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JAIR SANTOS, DE ESCOLA DE SAMBA EM CIMA DA HORA, FALA SOBRE OS SEGREDOS DE SUA PROFISSÃO

Interview
- Qual é a sua história pessoal? Como você se tornou proprietário ou gerente do negócio?
- Sou Jair Santos, Presidente do Grêmio Recreativo Cultural e Beneficente Escola de Samba EM CIMA DA HORA PAULISTANA, não sou uma pessoa conhecida do grande público e nem mesmo dos amantes do samba em geral, mas minha vida, desde a infância, foi influenciada pela cultura do samba e do Carnaval. Natural da Cidade de São Paulo, comecei logo no inicio de minha vida, quando ainda era um garoto, a frequentar as quadras e ensaios das chamadas grandes Escolas de Samba de São Paulo. E entre idas e vindas da vida fui parar na Escola de Samba Mocidade Alegre e na a Escola do Bairro do Limão fui Diretor de harmonia, merendeiro (empurrador de alegorias) , Diretor de Harmonia, Comissão de Frente, Chefe (Presidente de Ala), etc... La permaneci por 25 anos de minha vida. Até hoje cito a Mocidade como exemplo a me espelhar e digo que sou muito grato a esta agremiação pois la aprendi muito com a rapaziada da Morada do Samba (carinhoso nome com o qual chamam a quadra da Mocidade Alegre). Porem, por ter natureza bravia e apta a desafios, fui, convidado por alguns amigos do bairro onde foi morar ao se casar, o Grajaú, e fundamos a nossa Escola de Samba EM CIMA DA HORA PAULISTANA A intenção ao fundar a EM CIMA DA HORA era por em pratica tudo aquilo que eu e meus amigos, fundadores da agremiação comigo, não víamos as grandes Escolas de Samba fazerem a suas comunidades, ou seja, o trabalho social, alem, lógico de levar a cultura do samba e do Carnaval a uma comunidade que jamais havia tido o prazer de conhecer estas culturas. Hoje em dia, após 17 anos de fundação da Escola (a agremiação foi fundada em 20/01/1998, sendo a 1ª escola de samba oficial, devidamente registrada nos órgãos competentes das regiões: Capela do Socorro, Grajaú e Parelheiros) a EM CIMA DA HORA se identifica como uma ONG (Organização Não Governamental) sócio / educativa / cultural e como tal realiza atividades durante o ano todo direcionadas a comunidade carente do bairro e da região onde esta sediada a CORUJA DO SAMBA (Grajaú / Capela do Socorro/Parelheiros). Atividades como cursos profissionalizantes, grandes ações sociais sazonais que reúnem mais de 3 mil pessoas e são voltadas a prevenção de doenças, saúde dentaria, saúde oftalmológica, orientação jurídica, palestras sobre diversos assuntos (violência doméstica, gravidez na adolescência, etc.) e outras atividades, todas fazendo parte do projeto social da Escola intitulado PERIFERIA DO AMANHÃ...CULTURA É COISA SÉRIA. Este projeto social é mantido financeiramente com shows e apresentações que fazemos com nosso grupo de shows e com estas atividades que mantemos nossa apresentação.
- O qué é o que os clientes exigem atualmente?
- Pontualidade nas apresentações, respeito para com o que foi contratado em termos de apresentação artística, e principalmente um custo beneficio compatível com o orçamento do contratante.
- Qual é sua dica para sobreviver à crise?
- Eu sempre digo q crise é algo q a mídia coloca me nossa cabeça por interesses de terceiros. Crise é ficar reclamando da crise e não tomar atitude para aproveitar a oportunidades geradas por todo e qualquer momento de um país.
- Quais são as marcas que você vende mais em seu negócio (ou você usa para fornecer os seus serviços) e por quê?
- Não trabalhamos com marcas, que não seja a nossa.
- Qual é a última coisa que você tem feito para se diferenciar da concorrência?
- Vinculamos nossos shows a apresentações a nosso projeto social, e destacamos que é com estas apresentações que mantemos financeiramente nossas ações q visam desviar jovens e adultos em estado de risco social, de caminhos que os levem a marginalidade.
- Você sempre realizou a sua atividade atual? Você se desenvolveu em outro ramo de atividade?
- Estou no movimento cultural carnavalesco a 42 anos e a 17 anos presido a minha agremiação. Mas sempre tive uma segunda atividade pois infelizmente ainda no Brasil, e em especial em minha Cidade, São paulo, a sociedade vê quem lida com cultura popular como marginal.
- Qual é o tipo de cliente que você tem?
- Festas de casamentos, shows em boites, festas de aniversario, batizados enfim, atividades festivas em geral. Já fizemos inclusive uma apresentação de nossa bateria num velório, pois o moribundo havia deixado em seu testamento que queria uma bateria de escola de samba em seu velório, o q a sua viúva prontamente atendeu nos cocontratando rsrsrsrsrs.
Autor: Jair Santos