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JORLEI DA COSTA PEREIRA, DE JORLEI- PASSEIO AVENTURA, FALA SOBRE OS SEGREDOS DE SUA PROFISSÃO

Interview
- Qual é a sua história pessoal? Como você se tornou proprietário ou gerente do negócio?
- Olá, meu nome é Jorlei, tenho 23 anos de idade, moro em Eldorado-SP / Vale do Ribeira, e faço parte da Comunidade Quilombola de Pedro Cubas, sou negro e venho das raízes Quilombolas, sempre morei no Quilombo, capinando, roçando e cultivando minha rocinha. Desde criança eu já ia pra roça e trabalhava, aprendi a observar, cultivar, ouvir, cheirar e sentir a terra entre as mãos, aprendizados que já foram passados de geração em geração há mais de 300 anos, até chegar aos meus pais e avós que me passaram esse pouquinho de conhecimento ao longo que eu ia crescendo. Em 2007 começava em minha vida uma nova fase, onde eu queria crescer mais não deixar de viver ou estar próximo da minha origem, foi ai que comecei a participar e e me envolver em discussões em prol da minha Comunidade Quilombola, viajei pra vários lugares para participar de reuniões de movimentos negros e sociais. Em 2008 meio acanhado ainda, comecei a recepcionar e mostrar a nossa realidade para pessoas de fora que vinham saber a história de como foi? como era? e como estava sendo a realidade dentro de uma Comunidade Quilombola nos dias de hoje?, neste ano ainda a partir das demandas das comunidades locais a ONG ISA (instituto Socioambiental) que já trabalhava com as comunidades quilombolas do Vale do Ribeira, começou um trabalho de capacitação e formação de monitores ambientais quilombolas, para que pudêssemos trabalhar um turismo diferenciado, que era o de Base Comunitária, me escrevi como interessado e fiz as capacitações, montamos um grupo chamado Circuito Quilombola onde agenciávamos e realizamos os passeios nas comunidades, mais tinha uma dificuldade que era as notas fiscais, onde grupos exigiam, mais não tínhamos, pois eramos apenas um grupo que trabalhava o turismo, eu era o secretário executivo do circuito quilombola, mais também trabalhava prestando serviço de monitoria ambiental, pois eu era formado e credenciado no Parque Caverna do Diabo e apto a conduzir pessoas em trilhas e atrativos. Por tudo isso tive a necessidade de sair da comunidade, faz três(03) anos que moro na Cidade de Eldorado, aqui eu conseguia, trocar ligações com clientes, responder emails, mais apesar de tudo isso não perdi o contato com minha cultura de origem, nem com amigos e lideres de comunidades vizinhas. Través disso houve então a necessidade de se montar um negócio, onde eu conseguisse fazer e ir mais além do que apenas um grupo, foi ai então que conhece e fiz o MEI (micro empreendedor individual) para poder trabalhar com grupos que exigiam notas fiscais, fiz minha inscrição no MEI em 20 de junho de 2013 e a partir dessa data eu me sentia o máximo, pois eu tinha dado mais um passo na minha carreira pessoal e profissional, a minha renda mensal vem toda do turismo desde então.
- O qué é o que os clientes exigem atualmente?
- Eles exigem um trabalho com qualidade, responsabilidade social e ambiental, com muita aventura, lazer e momentos únicos.
- Qual é a última coisa que você tem feito para se diferenciar da concorrência?
- Trabalhar roteiros dentro de territórios de comunidade quilombolas, onde proporciono uma vista bem dinâmica no modo de ver, sentir e ouvir, desde um atrativo pouco conhecido mais com uma relevância bem enorme para o visitante até mesmo comer um frango caipira preparado por algum morador local, gerando renda para aquela família ou comunidade.
- Você sempre realizou a sua atividade atual? Você se desenvolveu em outro ramo de atividade?
- Sim, o turismo é minha atividade principal, gosto de fazer roteiros, de ter esse contato com a natureza e conhecer pessoas novas. Não me desenvolvi.
- Qual é o tipo de cliente que você tem?
- Os clientes que trabalho é de uma larga escala, desde crianças, jovens, adultos, homens e mulheres, das mais variadas classe social.